Neste ano, está previsto que as vendas pela internet devem gerar um faturamento de quase R$ 60 bilhões, com a promessa de que as lojas virtuais superem a margem de 200 milhões de pedidos. Os números são destacados pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) — e isso inclui e-commerce e marketplaces.
Pensando nesse mercado, muitos empresários têm feito altos investimentos, pois reconhecem o potencial das negociações no ambiente online e, por isso, não cogitam ficar de fora das possibilidades de lucro.
Com tanta gente a espera de bons resultados, é compreensível que haja um aumento na competitividade. Despertar a atenção do consumidor não é uma tarefa simples, todavia, faz parte do processo de conversão.
Sobre isso, a escolha do modelo de negócio pode influenciar na movimentação do fluxo de caixa. Portanto, a decisão não deve ser tomada de forma isolada, e precisa levar em consideração as características de cada segmento.
Para eliminar as possíveis dúvidas, listamos alguns pontos cruciais para ajudá-lo nessa compreensão. Vamos lá?
O que é e-commerce?
Em português, a palavra quer dizer comércio eletrônico. Nesse caso, as transações de compra e venda são efetuadas pela internet. O consumidor tem acesso aos produtos, bem como aos valores e à descrição das mercadorias.
Geralmente, as plataformas disponibilizam várias opções de pagamento e canais de comunicação. A vitrine não fecha nunca — por isso, a proposta torna-se ainda mais interessante em termos de faturamento.
Mas, diferentemente do modelo de loja convencional, o processo de venda não finaliza quando o comprador termina o checkout e aperta “Ok”. Existe, ainda, a necessidade de um suporte logístico para entregar o produto no endereço fornecido pelo cliente.
O que é marketplace?
Também conhecida como shopping virtual, a modalidade traz algumas semelhanças com o e-commerce, uma vez que o cliente também efetua as compras pela internet.
O termo, em inglês, é resultado da junção das palavras market, cujo significado é “mercado”, e place, que na tradução quer dizer “local”. Ou seja, o espaço remete a algo maior e, por isso, comporta várias lojas.
Certamente, o formato é bem útil para determinados segmentos. Apesar disso, é importante pensar sobre a eficácia desse exemplo para o seu nicho de atuação, pois a proposta é de que o consumidor tenha acesso a um agrupamento de lojas e não apenas uma.
Quais são as diferenças entre e-commerce e marketplaces?
Vender ou comprar algo pela internet é uma prática cada vez mais comum. Antes, o receio em relação à segurança era maior, mas hoje contamos com empresas especializadas na proteção dos dados dos clientes e, também, das lojas virtuais — porque elas também são passíveis de ataques.
Apesar das semelhanças entre e-commerce e marketplaces, vale destacar as disparidades entre esses modelos de negócio, pois elas existem e merecem ser compartilhadas. Confira:
Estoque
O lojista que está inserido em algum player de marketplaces deve ficar de olho no estoque, pois estar em outras frentes de loja, consequentemente, amplia a capacidade de gerar vendas. Portanto, a gestão em logística tem um papel importantíssimo na administração das mercadorias.
Uma coisa é você ter a sua loja online e cuidar das demandas diárias do seu negócio. Outra é ter que fazer isso e ainda precisar se atentar para as conversões geradas nesses shoppings online.
Apesar dos desafios, isso não chega a ser um problema quando a loja virtual faz a integração com o sistema dessas plataformas gigantes. Por meio dos softwares de gestão, conseguimos distribuir os produtos proporcionalmente, ou seja, a gente consegue realizar uma melhor disposição dos itens.
Lembre-se de que o foco da participação em modelos de negócios como esses tem uma relação direta com o aumento da taxa de conversão e ganho de visibilidade. Portanto, cuidar do gerenciamento é uma forma de obter melhores resultados.
Estrutura
Criar um e-commerce do zero, dependendo da sua dimensão, pode custar caro. Por exemplo, para possuir a própria loja, o empreendedor precisa comprar o direito de uso do software e ainda pagar pelo desenvolvimento da plataforma.
Ainda existe a opção de se obter o código gratuitamente (Open source), porém, nem todo mundo é perito em Tecnologia da Informação (TI). Daí, apesar do benefício, a necessidade de um investimento torna-se inevitável.
Depois da criação da loja, o empreendedor também precisa se preocupar com o fator segurança, o que acaba gerando mais ônus. Isso sem falar no custo de publicidade, marketing digital e variedade nas formas de pagamento (cartão de crédito e débito, intermediadores de pagamento, boleto bancário, entre outros).
No marketplace, você já encontra tudo isso, sem qualquer custo adicional, pois essas plataformas já são organizadas para oferecer aos lojistas uma estrutura completa nesse sentido.
Alcance
Se a sua loja ainda não é conhecida, os marketplaces podem ajudá-la a crescer, pois eles geram um tráfego de visitantes significativo, todos os dias. Ou seja, com isso, você potencializa o fluxo de consumidores no seu e-commerce e ainda melhora no quesito reputação.
Apesar da disputa com outras lojas no mesmo ambiente, eles ainda se destacam porque geram milhões de page views em todos os meses.
Nesse ponto, uma loja nova não consegue a mesma representação em um curto período de tempo, mesmo tendo um orçamento significativo destinado ao marketing digital e à publicidade.
Tomando uma analogia como base: é como se o seu estabelecimento tivesse uma parte dentro de um hipermercado — O volume de pedidos aumentaria ou não?
Risco financeiro
Abrir um negócio sempre gera incertezas, independentemente da esfera na qual o estabelecimento é implantado. Isso porque o mercado muda com muita frequência e os mais rápidos são os que conseguem garantir a sobrevivência.
Sabemos que a internet nos oferece possibilidades incríveis de levar os produtos aos clientes, de uma forma prática e cômoda para eles. No entanto, a garantia de retorno do investimento feito em uma loja virtual não é certa.
Por isso, entre e-commerce e marketplaces, a segunda opção acaba gerando mais vantagens porque não há taxas (o percentual é cobrado sobre as suas vendas) e o custo inicial e de manutenção é menor. Ou seja, a ameaça é menos impactante.
Decidir entre e-commerce e marketplaces é uma tarefa complexa, pois há particularidades. O jeito é aproveitar aquilo que cada um tem de melhor. Diante disso, mantenha a sua loja virtual a todo vapor e aproveite os benefícios dos shoppings virtuais para construir uma reputação no mercado e vender mais.
O que achou das oportunidades proporcionadas pelo marketplace? Ele atende bem ao seu segmento? Comente!